Topo

Major Olímpio: "Sem a APMDFESP a vida do policial militar seria uma tragédia como é a do policial civil deficiente físico"


APMDFESP
(Foto: Divulgação) Deputado estadual, Major Olímpio acompanha o trabalho da APMDFESP como parlamentar e associado

"A associação faz um trabalho fantástico e diferenciado das demais entidades representativas da Polícia Militar pela sua própria origem, que é a dificuldade e desatenção do Estado com o policial militar que se torna deficiente físico em serviço ou fora dele. São mais de 20 anos de atuação nos quais ampliou seus serviços para regionais, no interior e dá atenção a quase cinco mil policiais militares deficientes. Acompanho esse trabalho, e não só nesse momento, como parlamentar e associado. São vários os casos de PMs lesionados que chegaram ao meu conhecimento e passaram pela atenção da associação.

Já estive com o Elcio e diretores em Brasília, na Assembleia Legislativa de São Paulo e em debates quando querem achincalhar a Polícia Militar. E o Elcio compareceu uniformizado com seus diretores e desmontaram moralmente aqueles que queriam fazer um oba-oba contra os policiais militares. É uma entidade da qual tenho orgulho de acompanhar o trabalho. E só posso dizer graças a Deus a entidade se fortalece e supre as lacunas do estado. São vários os casos de policiais militares atendidos pela instituição, através da sede e regionais, tanto para acompanhamento fisioterapêutico quanto de ordem jurídica e outras questões. Nunca tive nenhuma reclamação, eolha, já ouvi toda sorte de desatenção com a família policial de alguns setores de outras associações. Sinal inequívoco de qualidade. A regra para o policial militar é ser mal atendido pelos órgãos públicos, pela própria instituição militar e alguns setores de entidades representativas.

Em um estado como São Paulo, nós temos um local e ambiente onde morrem mais policiais no mundo em decorrência da profissão. Também possivelmente devemos ter o maior número de policiais deficientes. A entidade se diferencia de qualquer uma das mais de 20 associações representativas. Posso falar porque sou sócio de oito delas. Já tivemos situações de socorro a policiais militares que nem eram associados e houve a sensibilidade do Elcio e da diretoria que atenderam primeiro a emergência e depois se preocuparam com a associação da pessoa. Tudo o que defendem é a dignidade para o deficiente físico. A história de vida de cada um deles demonstra isso.

O próprio Elcio foi lesionado em 1979, numa ocorrência em que tinha reféns com marginais num bar. Ele salvou as pessoas, mas se tornou deficiente físico e passou a ter a companhia de uma cadeira de rodas para toda a vida. Mas não se abateu e hoje tem a mesma energia na luta por quem precisa. Recentemente, no julgamento dos policiais do Carandiru, compareceram o Elcio e vários diretores. E embora o resultado tenha sido adverso aos policiais, o que ficou mais do que claro – e virou motivo de citação por parte do juiz, promotores e imprensa - foi a presença dos policias cadeirantes, que sensibilizou a todos no ambiente.

Sem a APMDFESP a vida do policial militar seria uma tragédia como é a do policial civil deficiente físico. Sentimos o desespero e desamparo dos policiais civis por não terem uma APMDFESP. Estimulo a criação de uma entidade semelhante para eles. O governo, infelizmente, não olha com atenção para o PM com deficiência! Fica mais por conta de datas comemorativas que atitudes concretas no dia a dia. Se tivesse um tratamento digno talvez não fosse nem necessária a existência da associação.

A APMDFESP é tão útil quanto maior é a incompetência e abandono do estado em relação ao tratamento dos seus policiais militares. Segundo a ONU, a atividade policial é a segunda mais perigosa. Portanto, é preciso ter salários dignos, carreira que possa compensar as agruras da profissão, atenção de fato no momento de doença, meios de proporcionar reabilitação quando ele é ferido e lesionado. Isso é fundamental. E infelizmente não temos essa estrutura.

Por fim, gostaria de dar parabéns a todos que participam da entidade como associado, atitude que se traduz em maiores benefícios e contribui para quem precisa. O que cada um paga como contribuição mensal auxilia a amenizar a dor e desespero de companheiros policiais militares que muitas vezes são lesionados e não têm a devida atenção do estado." 

Sérgio Olímpio Gomes

Biografia

Nasceu na cidade paulista de Presidente Venceslau.Veio para São Paulo com quinze anos para ingressar na Academia de Polícia Militar do Barro Branco, onde se formou em 1982. Como oficial, serviu por 29 anos em diversas unidades da Polícia Militar. Foi presidente da Associação Paulista dos Oficiais da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais, jornalista, professor de Educação Física, especialista em Defesa Pessoal, instrutor de tiro e autor de livros sobre segurança. Está em seu segundo mandato como deputado estadual (PDT) e é pré-candidato ao governo estadual.


 

© Copyright 2008 - apmdfesp.com.br
AXM Graphic Arts