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Coronel Camilo: “A vida do policial militar deficiente sem a APMDFESP seria muito mais difícil"

APMDFESPAcompanho de perto o excelente trabalho desenvolvido pela APMDFESP e, como Comandante Geral por três anos (2009-2012),pude ver a grande importância desta associação para a família policial militar. O trabalho é espetacular, pois cobre uma lacuna que o Estado ainda não conseguiu cobrir.

Lembro que a média de feridos durante o meu comando era de quase 500 policiais por ano, sendo cerca de 300 em serviço e aproximadamente 200 de folga. Ferimentos de tiros, acidentes de viatura, moto, veículos particulares, quedas e, infelizmente, uma boa parte deles ficava com sequelas, às vezes, permanentes. Nesses momentos nos socorríamos da APMDFESP, que sempre nos atendeu prontamente.

No comando, abri um canal direto de comunicação com a família policial militar e procurei sempre valorizá-los. Esse canal me trazia e traz informações sobre a atuação da APMDFESP sempre acompanhadas de elogios. Também tive um exemplo direto dos bons serviços prestados pela APMDFESP. Fiquei sócio para contribuir e pensei que nunca precisaria usá-la, mas tive um problema com minha mulher, precisei de equipamentos, fui prontamente atendido e hoje sou muito grato a associação.

O trabalho da APMDFESP é de fundamental importância não só para os policiais militares, mas também para seus familiares. É um amparo importante na hora de fragilidade e que, por vezes, se estende pelo resto da vida do policial. A entidade se diferencia pela prontidão e por atender a todos, mesmo os que não são sócios. Essa é uma grande virtude da APMDFESP, demonstrando a vontade de melhorar a vida de todos. A vida do policial militar deficiente sem a APMDFESP seria muito mais difícil. A associação conhece de perto a problemática da deficiência, até porque é dirigida por pessoas que têm algum tipo de deficiência, e dessa forma pode ajudar mais acertadamente o policial.
Ela entende o que se passa com o PM e sua família e consegue ver a melhor maneira de atendê-lo.

No Comando Geral também procurei ajudar sempre os policiais deficientes: doei um ônibus com rampa para a APMDFESP, mantive os imóveis na Caixa Beneficente inclusive o utilizado pela Associação, direcionei um veículo para o CRPM (Centro de Reabilitação da Polícia Militar) utilizar no transporte de deficientes, autorizei que viaturas orgânicas transportassem policiais para fazer fisioterapia, criei Centrais de Atendimento ao Policial Militar em todo o Estado. Mesmo assim, estamos longe ainda da atenção que o policial militar com deficiência deveria ter em reconhecimento pelo grande e arriscado trabalho nas ruas.

Acredito que o governo precisaria olhar mais para os profissionais de segurança de uma forma geral e reconhecer sua fundamental importância para o povo. O Estado precisa entender que para que qualquer setor do governo, ou da sociedade de uma forma geral, possa desenvolver o seu trabalho é necessário um ambiente com segurança. É o sustentáculo de qualquer democracia e a polícia é que propicia essa segurança ao cidadão.

Vejam o que tem acontecido com os vandalismos nas manifestações. Imaginem se não houvesse as policiais militares no Brasil. O que aconteceria com o país? Esse reconhecimento do governo passa por pistolas, coletes, viaturas, infraestrutura, mas principalmente por melhores salários para que o policial possa ter uma vida digna com sua família e, por consequência, atender melhor ainda o cidadão de São Paulo.

Gostaria de deixar registrado o meu profundo agradecimento a todos os policiais militares em geral pelo comprometimento, pelo profissionalismo e pela dedicação no desenvolvimento do trabalho, mas em especial aos policiais portadores de deficiência que levaram ao extremo o juramento que fizeram e deram sua integridade física para defender o cidadão.

A todos o meu muito obrigado! Um forte abraço a todos, contem sempre comigo e continuem fazendo a diferença para a família policial militar.

Coronel Camilo é ferrazense, com mais de 30 anos de experiência na polícia militar do Estado de São Paulo, onde chegou ao cargo máximo da instituição: Comandante-Geral, entre abril de 2009 e abril de 2012.Graduado pela Academia de Polícia Militar do Barro Branco em 1981, pós-graduado em Segurança Pública pelo Centro de Estudos Superiores da Polícia Militar. Especializou-se e atuou nas áreas de Bombeiros e de Tecnologia da Informação. Também trabalhou na área de Inteligência no Estado-Maior, na coordenadoria de Análise e Planejamento da Secretaria de Segurança Pública. Administrador de empresas pelo Mackenzie, pós-graduado (MBA) em Gestão de Tecnologia da Informação pela FIAP e Gestor de Segurança Pública pela Secretaria Nacional de Segurança Pública. Comandou a região Central de São Paulo de 2007 a 2009. É vereador (PSD) em São Paulo.


Fonte: APMDFESP

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