“Entrei para PM em 1998 e já me associei à APMDFESP nesse ano mesmo. Era aluna da Escola de Soldados e um dia entraram três cadeirantes que contaram suas histórias e o quanto a associação poderia ajudar o policial militar. Nunca pensei que teria uma deficiência. Entrei para ajudar os outros colegas mesmo. Dez anos depois de associada, sofri o acidente que me deixou com sequelas.
Recebi pedido de apoio a uma equipe. Chegando ao local, fizemos varredura para localizar um indivíduo que havia subido no telhado de uma residência. Não o encontramos e as viaturas se dispersaram. Só ficou minha e de outro cabo. Era um roubo a veiculo. Eu estava entrando no nosso veículo quando o dono de uma casa disse que tinha visto o indivíduo por ali. Pedi para o cabo fechar a rua de cima, fomos para rua de baixo e o encontramos.
Num determinado momento, ele conseguiu fazer um policial de escudo humano enquanto eu estava em cima de um muro. Não queria atirar no bandido para não acertar o policial. Mas houve uma troca de tiros e atirei por cima dos dois para intimidar o ladrão. Ele acabou acertando meu braço e peito. Desmaiei em cima do muro e acordei no hospital. Fiquei duas semanas com gaiola no braço e depois fizeram um cirurgia e colocaram placa e parafusos. Perdi todo o movimento dos dedos do braços esquerdo. A bala danificou ossos, artéria e nervo radial. Tenho monoplegia no braço esquerdo. Sinto dores constantes, espasmos e tenho limitação nos dedos da mão. O colete segurou em parte a bala, mas ainda assim fez um estrago enorme.
Nas duas semanas e meia que fiquei internada, pedia para morrer de dor no braço. Não dormi direito uns três meses por causa da dor. Remédio nenhum fazia efeito. Fiz tratamento no Centro de Reabilitação do Hospital da Polícia Militar. Com mais ou menos um ano de tratamento, houve problemas com a cicatrização e vim procurar a fisioterapia da APMDFESP. Fiz terapia ocupacional durante 8 meses e foi excelente. Foi a melhor Terapia Ocupacional que fiz. Também recebi da APMDFESP material para fazer duas órteses para o braço que usei durante um ano e meio. Eu não dormia sem ela, sentia muita dor. A APMDFESP é uma associação que existe para ajudar o policial militar quando o Estado nos abandona. E eu me senti abandonada pelo Estado”.
Euvanda Rodrigues da Silva ( Cabo PM Reformado)
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