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27 mar, 2017 Comentários desativados em Conheça o Centro de atenção Psicológica e Social (CAPS) da Polícia Militar

Conheça o Centro de atenção Psicológica e Social (CAPS) da Polícia Militar

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edit motooka rigon

Coronel PM Cláudia Rigon (Diretora de Pessoal) com o Tenente-Coronel PM Paulo Augusto Leite Motooka (comandante do CAPS) e o presidente da APMDFESP, Elcio Inocente

 

 

 Em 14 de março de 2013, o então Cabo PM Wagner Leite dos Santos, que fazia o curso de formação Escola Superior de Sargentos, estava de serviço na segurança do quartel, ao lado do Aluno Sargento Bispo.  “Paramos estrategicamente a viatura no acostamento da alça de acesso à Rodovia Presidente Dutra e ficamos orientando o trânsito. Em um dado momento, um caminhão que transportava madeira passou a trafegar pelo acostamento e atingiu nosso veículo”, comentou o Policial Militar ao lembrar daquele trágico dia.

“Isso culminou no lançamento dos dois policiais de cima da ponte que é alça de acesso, de uma altura de aproximadamente 20 metros. De imediato, todos os alunos correram para nos socorrer. Meu companheiro, o Aluno Sargento Bispo, faleceu na hora. Tive fratura exposta no braço e cotovelo direito, várias fraturas na bacia e no fêmur esquerdo. Fiquei internado seis dias na UTI e, graças a Deus, após um mês, estava de volta à minha casa”, comentou o agora Sargento e associado da APMDFESP (leia seu depoimento na íntegra aqui).

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Major PM Alessandra, Capitão PM Adriana e Tenente PM Rita atuam no CAPS

Esse foi um exemplo de ocorrência que acionou o Centro de Atenção Psicológica e Social (CAPS) da Polícia Militar do Estado de São Paulo, que atualmente conta com um efetivo de 54 psicólogos e 10 assistentes sociais, os quais além de prestarem inúmeros serviços no próprio Centro, fazem a coordenação técnica dos NAPS em todo o Estado. “Eles estavam em formação e viram tudo o que aconteceu. Foi algo que mobilizou o efetivo. Alguém morreu e temos de elaborar isso.  Fizemos uma Intervenção Breve Focal com a escola inteira”, comentou a Tenente PM Rita, que também é psicóloga do CAPS e atua na Seção de Apoio Psicológico – SAP.

Esta seção também é responsável pela coordenação de programas destinados à manutenção da saúde mental do Policial Militar como o PPAD (Programa de Prevenção ao Uso de Álcool e Outras Drogas), PPMS (Programa de Prevenção em Manifestações Suicidas), PQRF (Programa de Qualidade nas Relações Familiares), PROSEN (Programa de Sensibilização para o Encerramento da Carreira Policial Militar) e PAPRF (Programa de Aconselhamento para Policiais Militares Recém-Formados, dirigido para Soldados de Segunda Classe e Aspirantes a Oficial).

Esse último programa é o resultado das pesquisas feitas pelo comandante do CAPS, Tenente-Coronel PM Paulo Augusto Leite Motooka, para seu doutorado em Ciências Policiais de Segurança em Ordem Pública, no Curso Superior de Polícia. “Foi uma pesquisa clínica e qualitativa em grupo com alunos que passaram pela transição do ambiente teórico para a realidade prática, momento em que inúmeros fenômenos acontecem na vida dos recém-formados e, a partir dela, estruturamos o programa com voluntários que finalizaram o Curso de Formação de Oficiais (Bacharelado em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública) e Curso de Formação de Soldados (Curso Superior Técnico em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública), em 2015”, comentou o Tenente-Coronel Motooka, que também é formado em Direito,  Psicologia e entrou no Curso Preparatório de Formação de Oficiais (CPFO) da Academia de Polícia Militar do Barro Branco aos 17 anos.

“Percebemos que há uma adaptação da passagem do ambiente acadêmico para a prática profissional que pode até ser traumática muitas vezes. A pessoa pode sofrer emocionalmente.  No caso do PM, ele vai articular todo o conjunto teórico com o prático”, analisa o Policial Militar, lembrando da violência urbana e suas consequências.

“O PM  acaba percebendo e vivenciando não só a possibilidade de morte dele próprio como de outros companheiros e dos próprios criminosos. E isso mexe com ele. Independente de que lado da justiça estejam, falamos de seres humanos. Esse programa é uma forma dele se perceber e ficar atento ao próprio comportamento. Não é terapia. É uma oportunidade de reflexão e elaboração sobre tudo isso, atribuir significados ou ressignificar. Isso acontece dentro dos encontros e é importante tanto para o aspirante quanto para o soldado”, comenta o Tenente-Coronel, que aborda também o momento da inserção do profissional na equipe. “Muitas vezes eles não conhecem os companheiros, o comando, o lugar, a dinâmica do local onde vai trabalhar. Há sempre uma ansiedade sobre com quem vou trabalhar”.

Para o Tenente-Coronel, o CAPS é o espaço no qual o Policial Militar encontra ferramentas para se conhecer melhor como pessoa e policial. “São papéis. Você é PM o tempo todo. Mas em que momento é uma pessoa? Aqui ele olha para si como pessoa e isso ajuda a não confundir os papéis. Nosso programa é preventivo. E esse psicólogo que o atende é o cuidador do PM”, conclui o Tenente-Coronel Motooka.

Mas, além dos programas, há também psicoterapia individual com 17 psicólogos, sendo 12 militares e 5 civis, mantidos pela parceria com a PróPM. A SAP também conta com plantão psicológico que funciona como triagem para verificar a demanda do policial militar, quando ele busca o atendimento psicológico, e qual a melhor forma de dar continuidade, se necessário, ao tratamento. Pode perdurar por até três sessões.

A SPE-Seção de Psicoeducação, é responsável pelo PAAPM-Programa de Apoio e Acompanhamento ao Policial Militar e se destina a oferecer atendimento psicológico para o policial militar do serviço ativo quando há envolvimento em situações de risco à sua integridade física e psíquica, ou aos policiais militares que vivenciaram situações traumáticas como resgates e salvamentos trágicos, acidentes de trânsito graves, intervenções com mortes ou feridos, agressão ao PM ou familiares, entre outras. “Policiais Militares que vivenciaram tais situações recebem atendimento psicológico para compreender o impacto dessa vivência. A partir do atendimento psicológico, define-se suas condições de atuação operacional e a necessidade de participação em Estágio de Desenvolvimento Psicoemocional complementar ao atendimento inicial oferecido.”, comentou a Capitão PM Adriana, também responsável pela SPE.

“O estágio de Desenvolvimento Psicoemocional é de 21 dias corridos e o trabalho visa elaborar essa situação específica. Damos propostas de autogestão. O PM repensa e estabelece novas prioridades. Esse tipo de abordagem não serve para quem tem trauma de infância com o pai ou a mãe, por exemplo”, comenta a Capitão PM Adriana.

“Já tivemos casos de pessoas com educação muito rígida e com medo da figura com autoridade. Depois de três sessões na SAP concluímos se será necessário um atendimento individual, que pode ser de até 16 sessões. Suponhamos que elas não sejam suficientes, então prorrogamos o tempo. Mas na grande maioria das vezes, essas sessões são suficientes”, comenta a Tenente PM Rita.

Na SPE os psicólogos são todos militares. “Quando se é PM há uma identidade maior com o atendimento. Nosso público é super reservado, fechado. É um trabalho de risco, uma das profissões mais perigosas e insalubres do mundo. Ser atendido por outro Policial Militar favorece a empatia”, explica a Capitão PM Adriana.

A SAIC (Seção de Apoio a Incidentes Críticos) atua prioritariamente no controle estatístico dos atendimentos psicossociais realizados pelo CAPS e pelos Núcleos de Atenção Psicossocial de todo o Estado de São Paulo, que totalizam 32. Além disso, a SAIC faz a gestão dos incidentes críticos sofridos por policiais militares, e para isso, o CAPS e os NAPS disponibilizam equipes que permanecem diuturnamente de sobreaviso para prestar suporte a esses profissionais, bem como aos respectivos familiares, especialmente em ocorrências traumáticas, em que a vida do policial foi colocada em risco.

 

 

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