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Home Morte de policiais no Brasil é assunto de novo site sobre segurança pública; reportagem traz entrevista com presidente da APMDFESP
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9 mar, 2015 Comments: 1

Morte de policiais no Brasil é assunto de novo site sobre segurança pública; reportagem traz entrevista com presidente da APMDFESP

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Um site que tem o objetivo de discutir a segurança pública no Brasil foi lançado na sexta-feira (06/03). Trata-se do www.portalsp.org.br, mantido pelo Sindicato dos Policiais Federais em São Paulo (SINDPOLF/SP). Entre as matérias, destaca-se reportagem da jornalista Katy Fabruzzi que aborda a morte de policiais.  Leia abaixo a matéria na íntegra.

Por Katy Fabruzzi

Foto: APMDEFESP

Foto: Divulgação/APMDFESP

Aproximadamente, 1.770 policiais foram mortos de forma violenta no Brasil nos últimos cinco anos. Os números do Anuário Brasileiro de Segurança Pública revelam que em 2013 mais policiais perderam suas vidas fora de serviço (269 mortos) do que no trabalho (121), totalizando 490 vitimas. Os policiais brasileiros morreram três vezes mais fora de serviço, número superior ao dos EUA, com 96 policiais neste mesmo período.

“Aproximadamente, 1.770 policiais foram mortos de forma violenta no Brasil nos últimos cinco anos”

Rafael Alcadipani da Silveira / Divulgação

Rafael Alcadipani da Silveira / Divulgação

No Mato Grosso, dos 17 policiais mortos no ano passado, quatro foram assassinados enquanto trabalhavam, o restante estava no período de folga, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado. Em 2014, cerca de 102 policiais foram mortos no estado do Rio de Janeiro, 85 quando estavam de folga e 17 em trabalho.

Em São Paulo, durante discurso de posse do Comando-Geral da Polícia Militar no estado, em janeiro deste ano, o coronel PM Ricardo Gambaroni mencionou também a triste estatística: “infelizmente, esse comprometimento incondicional com a defesa da sociedade tem um custo elevado: 14 policiais militares mortos e 250 feridos em serviço, somente no ano de 2014”.

Para o professor de estudos organizacionais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Rafael Alcadipani, a morte de policiais é extremamente grave, expõe a banalização da vida e merece atenção de todos.

“O problema é sério e demonstra total desrespeito tanto do governo como da própria sociedade com os policiais. Vimos recentemente sobre a morte de um policial nos EUA e também no Canadá que gerou comoção nacional. Aqui a morte é banalizada”, explicou.

“O problema é sério e demonstra total desrespeito tanto do governo como da própria sociedade com os policiais.”

Ele menciona que parte expressiva das mortes relacionadas aos policiais fora do horário de trabalho está nos chamados “bicos” quando também não contam com o apoio de colegas. “São Paulo, por exemplo, é um estado que paga mal seus policiais. Somente com melhoria na remuneração destes profissionais, treinamento e respaldo psicológico é que poderemos acabar com os bicos”.

“Somente com melhoria na remuneração destes profissionais, treinamento e respaldo psicológico é que poderemos acabar com os bicos.”

O sargento Elcio Inocente, presidente da Associação dos Policiais Militares Portadores de Deficiência Física, entidade que trabalha na reabilitação de policiais militares portadores de deficiência, considera o “bico” extremamente perigoso. “Quando estava na ativa em 1970, o tempo que permaneci na carreira até o final em 1979, eu sempre fiz bico, mas era outra época, outra história. Hoje o bico é totalmente inviável, extremamente perigoso, não aconselho ninguém fazê-lo”.

Inocente concorda com o professor da FGV na questão da remuneração. “O policial precisa ser bem pago e aí o próprio estado poderia cobrar deste profissional para que ele não fizesse o bico. Poderia até puni-lo se fosse o caso. Assim, evitaríamos toda essa tragédia que estamos vendo”.

Sargento Elcio Inocente / Divulgação.

(Foto: Divulgação/APMDFESP) Sargento PM Elcio Inocente

“Hoje o bico é totalmente inviável, extremamente perigoso, não aconselho ninguém fazê-lo”

Em seu artigo publicado no Anuário, Alcadipani menciona outros fatores que levam os policiais à morte. “Inúmeras vezes policiais reagem a assaltos fora do trabalho, pois sabem que se sua profissão for descoberta pelos assaltantes, os policiais, muito possivelmente, serão executados. Policiais ainda são executados por facções criminosas em algumas unidades da federação e também são mortos por vingança de atos praticados em serviço que desagradam criminosos. Matar um policial é sinal de bravura e chega a funcionar como rito de passagem em algumas organizações criminosas”, escreveu.

“Um estado onde é natural que um policial perca sua vida em razão de sua profissão, é um estado que está sob a lógica da barbárie. Muitos policiais acreditam que o número elevado de assassinatos que eles sofrem é sinal de uma sociedade que não está preocupada e não valoriza os policiais”

O professor acredita que é urgente a análise pelo mundo acadêmico sobre a vitimização dos policiais. “Academia, polícias, governos e sociedade, apesar de algumas divergências, devem unir forças em construir respostas públicas mais eficientes contra o crime e a violência”.

“Um estado onde é natural que um policial perca sua vida em razão de sua profissão, é um estado que está sob a lógica da barbárie.”

“A Polícia Militar é a mesma, os regulamentos são os mesmos. O problema é que a violência aumentou muito e tudo fugiu do controle. Atualmente, a gente não é capaz de imaginar, por exemplo, um policial sair fardado de casa, pegar uma condução, um coletivo para ir ao trabalho como acontecia na minha época. Hoje, ele que secar roupa atrás da geladeira, porque se descobrirem que é um policial, expõe a família”, mencionou Élcio Inocente.

 

Comments

( 1 )
  1. maurilio mar 9th, 2015 18:07

    Então, se o Bico é inviável e todos nós sabemos disso , sabemos o que JÁ DEVERIAM TEREM FEITO VAMOS BUSCAR A P.E.C. 300 CHEGA PESSOAL !